Deus!
Compreendemos a vossa misericórdia para com todos nós, mas entenda também que
as necessidades tem sido uma das principais causas para tantos desastres e
tantos pecados cometidos. O querer e o poder – passaram do ponto. Em uma
desordem humana – tudo é desencontro desesperado.
Suplicando
pacientemente eu tenho uma dor profunda, e um fado pesado sobre as costas. Eu
adentro madrugadas, múltiplas suplicas na busca pelo conforto das respostas. De
Deus mesmo! Um silêncio também profundo adentrava a rocha terrestre das minhas
questões. Um ponto obscuro de ideias – a minha falha noturna é tecer rezas
desarmoniosas. E como quem não sabe rezar. Tentar ir de encontro ao tão grandioso
Deus de todas as coisas.
Mas,
passada o inútil destas reclamações, meu espirito já inquieto transfigura-se na
imagem desconcertante de certezas recém-criadas pelo meu ego. Na vida há um
ponto coerente sobre o saber: Se você sabe. Cala-te por completo na sua
filosofia indefinida! E dentro do desespero perturbador dos ignorantes, que se
dizem sempre saber, encontramo-nos cara-a-cara com um blasonar infinito de
afirmações sem firmamentos. Os que não sabem – danam-se a falar e falar!
A
vida de conflitos intermináveis, essa ressonância de tudo, dentro da ignorância
do nada. Reparemos calmamente na direção do vento, que hora indefinido,
encontra repouso no cume das árvores. Dando-nos a imagem perfeita de uma dança.
Encontramos a sintonia perfeita da liberdade, onde o querer dentro do poder é
um templo de realidade. Reparemos também na facilidade do voo que os pássaros
desempenham – uma harmonia talentosa – que nos dá a doce sensação da liberdade.
Mas, entendo que a realidade é a monotonia do tempo – que com tempo – passa
como passa esse vento.
Chegando
a conclusão precária destas minhas ideias, sobre querer entender as certezas
que a vida nos obriga a ter, entendo que assim como os sonhos, as certezas
fazem parte do domínio estéril da imaginação. Bem tolo! A imaginação é
construída por desejos friamente consolados pelas vontades. As certezas são
pecados guardados especialmente para as horas da inquietude da alma.
Thiago França Bento/2015.
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