No
alto céu acinzentado um recolhido deslumbramento. O céu está imerso a um
silêncio fúnebre. Paira sobre os ombros largos da cidade um redemoinho calado
que o vento trouxera sem que ninguém percebesse. A espera, do outro lado, com
um canto pálido, jaz o rapaz vigorosamente. Orgulhoso o rodopiar do vento, fere
o sentimento nulo do rapaz, que com os olhos vidrados, encara-o sem
intimidar-se. E é quando por estranha imposição o vento desmonta-se e some
preso ao ar. No templo vicioso do vento mora todas as inquietações,
perturbações. Eis que fervilha tudo envolta da multidão. O universo é o verso
desesperado. Há qualquer interrogação no pensamento curioso do rapaz. Qualquer
espantar-se com a ideia da realidade.
®
Thiago França Bento.
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