Veja
Mestre, as portas estão abertas! (Persevera o fiel) Não me tirem a atenção das
coisas ocultas. Não vê que o meu silêncio é puro, e calmo! (Contesta o Mestre)
O Mestre levanta-se de sua cadeira; a consciência é o passo para a
inteligência! Através do sonho, flutuo em uma superfície claramente misteriosa,
meus pés não tem contato com o chão. O sonho é o único caminho. A porta que
todos passaram. Todas essas figuras. Rostos que se parecem. Todos tem por
essência o mesmo destino. Cada qual em seu tempo. O tempo é determinado pelo o
que está acima! (O fiel resmunga os seus quereres) Ao alto, o Mestre, erguido
em uma parede que reluz, ensina-o o que deve ser feito. Mostra-lhe uma
montanha: tudo que sobe, não desce. Tudo que desce, não sobe. Eis que o começo
é o início do fim. E também o despertar para o infinito. (o Mestre cala-se)
Tudo que me rodeia nesta sala oca despede-se como que subitamente. Ambos, o
fiel e o Mestre, dispersam. Ao fundo da mente uma voz me diz. O sonho é de luz,
é a relíquia do Deus pai. Livre, a sua intelectualidade é luminosa. Veja que
tudo em ti é a poeira da tua existência! Acordo acariciando minha face. Tudo em
mim está frio.
®
Thiago França Bento.
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