Sereno
e doce. Eu estou vivo, mas ainda não existo. A minha alma desabrochada vaga
clandestina na esperança. Um sentido desconhecido – novo – contrário ao
universo. O meu corpo ainda inexistente, enlevado ao mistério da massa,
estendido neste recinto em que sou o sono, faltam-me os traços da obediência.
Faço do raciocínio um cenário lívido servindo a natureza de onde estou. O rio
está preso à água assim como eu estou preso à consciência. Daí os dias em
exercícios justificados. Certo de que estou por dentro, junto ao imperfeito das
sensações. Nada é suficiente porque sou eu que ainda não sou suficiente. Quando
eu surgi serei minha companhia.
®
Thiago França Bento.
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