domingo, 30 de agosto de 2015

À luz da existência – o Homem é feito do sonho.

Sereno e doce. Eu estou vivo, mas ainda não existo. A minha alma desabrochada vaga clandestina na esperança. Um sentido desconhecido – novo – contrário ao universo. O meu corpo ainda inexistente, enlevado ao mistério da massa, estendido neste recinto em que sou o sono, faltam-me os traços da obediência. Faço do raciocínio um cenário lívido servindo a natureza de onde estou. O rio está preso à água assim como eu estou preso à consciência. Daí os dias em exercícios justificados. Certo de que estou por dentro, junto ao imperfeito das sensações. Nada é suficiente porque sou eu que ainda não sou suficiente. Quando eu surgi serei minha companhia.


® Thiago França Bento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário